quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quarta-feira quase de cinzas...


De volta ao mundo real rsrsrs... Depois do feriadão vem à quarta-feira que não é de cinzas, mas é uma quarta bem morgada ashuashau...

Mas eu tô sendo bem ruim com a quarta-feira no trabalho que é meu calo nem foi tão chato apesar de ter feito uns 1000 cartão SUS eitha 1000 também não, mas foi um monte ashuashua...

Uma paz hoje no trabalho todo mundo numa paz, um silêncio, acho que não gostaram de algo no final de semana ashuashau... Será que foi do resultado das eleições? hahaha...

Amanhã estréia na Rede Globo a série “Clandestinos O Sonho Começou” acho que vai ser legal, não perco. Amanhã depois da “Grande Família”.

Pra finalizar vou postar a letra dessa musica achei bem legal em homenagem a Zé Maranhão.

♫♪ E agora José? ♫♪

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio à utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

(Carlos Drummond de Andrade)

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